O ministro da fazenda Guilherme Melo, chefe de política econômica, anunciou no início deste mês que o governo aumentar sua previsão de crescimento do PIB para 2023 de 2,5 % para 3 %.
A perspectiva de crescimento do PIB também é fixada pelos mercados financeiros. De acordo com o Boletim Focus de 3 de julho, as estimativas de crescimento deste ano melhoraram 0,01 ponto percentual para 2,19 %, a oitava melhora consecutiva e, para 2024, um segundo aumento semanal consecutivo de 1,22 % para 1,28 %.
Em junho, foi o PIB brasileiro do primeiro trimestre de 2023 que cresceu 1,9 % em relação aos três meses anteriores, segundo informações do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acima das expectativas.
O crescimento econômico do Pau-Brasil foi impulsionado por um aumento de 21,6 % na agricultura. Depois disso, o maior aumento foi registrado no setor de serviços, com alta de 0,6 %.
Encosta acredita que é possível supor que haja alguma disparidade no crescimento brasileiro, já que o agronegocio é o único setor que apresenta taxas de crescimento estruturalmente altas.
“Nos últimos anos, o desenvolvimento de tecnologias no campo e estímulos ao setor colocaram o agro brasileiro como potência de crescimento, o que fez com que o segmento ganhasse cada vez mais relevância no crescimento do país. A divulgação do PIB do primeiro trimestre de 2023 refletiu safras recordes no campo, mas ao longo dos próximos trimestres podemos observar crescimentos menores afetados pela sazonalidade”.
Paulo Feldmann, professor da FIA Business School, argumenta que, embora haja um clara lacuna no crescimento da economia brasileira, o problema mais grave é que o setor mais importante de todos os países desenvolvidos do mundo é o setor industrial., é muito fraca no Brasil e está em declínio acentuado há 30 anos.
“É muito difícil o país se desenvolver sem uma indústria forte. Esse é o grande problema brasileiro atualmente. mudanças estruturais devem ser promovidas. Se isso acontece, o Brasil pode voltar a crescer ”.
Feldmann
Para Barbosa, o crescimento econômico do Brasil é fraco por vários motivos, entre eles o foco nas altas taxas de juros. O analista mencionou que o governo está gastando muito, quer continuar gastando muito, e com isso a inflação e os juros estão subindo.
“Eu diria que a economia brasileira continuará em ‘voo de galinha’ pelos próximos anos, pois a política econômica não fecha a conta”
Por outro lado, Paulo Luives, economista da Valor Investimentos, disse que não acredita nesse atraso no crescimento da economia brasileira, como o agronegócio é o motor da economia, o crescimento não é real.
“É uma área onde temos uma vantagem competitiva estrutural, é a nossa área para a agricultura, um clima favorável, ao invés da ineficiência do crescimento econômico”, avalia Luives.